sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Carta de amor n° 2

"Depois de tudo o que eu causei, estar ao teu lado, ver-te oferecer um vinho sem veneno, ver-te fazer comida sem maldade, ver-te fazer companhia ao assistir um filme e, ainda assim, ver-te lindo como sempre, faz que eu escreva com inveja de sentimentos bons. Por mim, aquele aquecimento na cama improvisada duraria a eternidade e nossa amizade de mentira iria pelos ares.
Lembrar que te dei um simples vídeo com fotos do local que mais amo me deixa um pouco menos triste, depois de tudo que te causei.
Muito feliz de te ver maduro, de te sentir cada vez mais perto e de não ter dúvida que, ao menos, somos bons amigos. Conta-me algum segredo? Há algum, ainda?
Existe sim e eu sei: tu não te sentes muito à vontade do meu lado.
Peço: sinta-se. Tens na tua mão uma tarefa: faça por nós o que eu não posso pela vergonha, pelos fatos e por ti.
Considere-se feliz, pois alguém daria a roupa que veste para te ter novamente. Ainda ouço
Maria Rita e ela sempre será tua fonte de minhas lembranças. Lembranças poucas, lembranças de um pouco tempo, mas sadio e entregue.

Do guri que viu o amor mais uma vez, Pierre.
PS: Diria teu nome, mas seria injusto. "

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