eu sempre dizia
pra minha mãe
que via o céu
e ele era cinza
meio cinza
um pouco cinza
bem pouquinho mais de cinza
muito pouco de cinza
escrevi uma cartinha
guardei debaixo do colchão
muitos anos depois
achei-a pelo chão
comecei a escrever
e queria um nome diferente
encontrei este que uso hoje
e meu texto ficou completo
quero os meus textos livres
quero meus textos significando mais e mais
quero a vida de volta
mas meu nome, nunca mais
Bissinho,
ResponderExcluirdei um bisu nos seus escritos e achay muito bueno. Fiquei tocado com alguns. Sinceros, confusos, derramados, juvenis e frescos.
Sei desse buraco aí no peito (ou seria na alma?), essa coisa de andar com a Falta, conviver com a Ausência e passear com a Solidão. Mas escrever pra não enlouquecer e evite as insônias, afaste os medos e use um bom corretivo pela manhã.
Abraços