levei um cobertor e fui ver a lua
sentado em um trapiche, olhando a praia
meu cobertor era feito de carne
ele era o perfeito para o momento
cobertores não falam, mas ele olha
atento percebe o perigo e diz não
foge de mim porque ama e não quer se machucar
meu cobertor agora se vai
cobertores não sentem, mas o meu agora fala
que a lua parece triste e quebrou-se
sentado, eu penso no que fiz e reluto
dizendo que precisas, cobertor, então compreender
enfim, sinto uma dor no peito
partir dói mais do que imaginei
esse cobertor está em mim agora
tornou-se o manto cinza que levo comigo
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A lua
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